segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

País diminuiu taxa de mortalidade infantil, afirma IBGE

A taxa de mortalidade infantil em 2012 foi de 15,7 óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos. Em 2011, essa taxa foi de 16,4, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta segunda-feira, 2, as Tábuas Completas da Mortalidade para o Brasil 2012. Apesar da melhora, o resultado brasileiro ainda está longe do verificado em países desenvolvidos, onde as taxas de mortalidade infantil situam-se em torno de cinco óbitos de menores de um ano para cada mil nascidos vivos.

Apesar dos declínios observados nos últimos anos na taxa de mortalidade infantil brasileira, ainda há espaço para avanços significativos. Os riscos de morte no primeiro ano de vida são elevados. Em 2012, a esperança de vida ao nascer foi de 74,6 anos, mas, se essa criança sobrevivesse aos riscos de morte dos primeiros meses e atingisse o primeiro ano de vida, a expectativa de vida aumentaria: passaria a 74,8 anos, vivendo, em média, 75,8 anos.

A partir de um ano de vida, a tendência da série volta a ser decrescente: conforme aumenta a idade diminui a expectativa de vida. No entanto, em 2012, houve aumento na expectativa de vida dos brasileiros em todas as idades, beneficiadas com a diminuição da mortalidade.

Houve melhora principalmente nos extremos da distribuição etária, além do avanço na esperança de vida para os menores de um ano de idade, foi registrado aumento também para o grupo aberto de 80 anos ou mais, sobretudo para a população feminina. Na passagem de 2011 para 2012, para o grupo de 80 anos ou mais de idade, enquanto a expectativa de vida dos homens aumentou em 2 meses e cinco dias, a das mulheres se expandiu em 6 meses e 25 dias.

Também houve avanço na fase adulta, de 15 a 59 anos de idade. Em 2011, a cada 1.000 pessoas que atingiriam os 15 anos, 846 aproximadamente completariam os 60 anos de idade. Em 2012, destas mesmas 1.000 pessoas, 848 atingiriam os 60 anos

Fonte: Daniela Amorim | Estadão 






























terça-feira, 23 de abril de 2013

Idosos apresentam 12 vezes mais risco de morrer por dengue


Pessoas com idade acima de 60 anos têm 12 vezes mais risco de morrer por dengue do que as de outras faixas etárias. Do total de óbitos registrados nos primeiros três meses deste ano (132), 42% foram de integrantes deste grupo, segundo levantamento do Ministério da Saúde.  Devido a esta vulnerabilidade, o Ministério da Saúde alerta aos idosos a procurarem os serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sinais da doença.
“As causas desta condição de risco não estão completamente esclarecidas, mas podem estar relacionadas com a maior prevalência, nesta faixa etária, de doenças crônicas, como cardíacas, diabetes, entre outras”, observa o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Os sintomas mais comuns da dengue são febre, dor de cabeça - algumas vezes mais localizada no fundo dos olhos - e dores nas articulações. “Se a pessoa com a doença apresentar dores abdominais e vômitos persistentes, deve buscar imediatamente um serviço de saúde porque estes são sinais de agravamento. Também é fundamental não tomar remédio que tenha em sua composição o Ácido Acetil Salicílico (AAS, aspirina e outros) e se hidratar com água, sucos e água de coco”, aconselha Jarbas Barbosa.
VIDEOCONFERÊNCIA -Estas recomendações foram reforçadas pelo secretário durante videoconferência realizada  terça-feira última, em Brasília, com representantes das secretarias estaduais das Regiões Nordeste e Sudeste, além do Paraná e Distrito Federal. Também participaram representantes das secretarias municipais de saúde de Maceió, São Luís, João Pessoa e Sergipe.
Durante o evento, o secretário Jarbas também alertou as autoridades para a necessidade de monitoramento da situação epidemiológica e reforço da preparação dos serviços de saúde, inclusive dos pequenos municípios, para evitar os casos graves e os óbitos, com a utilização do protocolo de tratamento elaborado pelo Ministério da Saúde.
Além disso, foi enfatizada a necessidade de que as secretarias estaduais também reforcem, junto aos prefeitos, a necessidade de intensificar as ações de mobilização comunitária visando à eliminação dos focos intradomiciliares; o trabalho dos agentes municipais de controle de endemias e, ainda, as ações de limpeza urbana e de fiscalização de borracharias, ferros-velhos e outros locais com possibilidade multiplicação dos criadouros do mosquito transmissor da doença.
Segundo o secretário, o trabalho dos prefeitos de execução das ações de combate à dengue, é fundamental para se evitar as epidemias, os casos graves e os óbitos. “A combinação do trabalho preventivo de cada família com as ações do Poder Público, é capaz de reduzir a população do Aedes aegypti. As pessoas devem redobrar os cuidados em suas casas, verificando a caixa d´água, vasilhames para o armazenamento de água, calhas, lixo e outros recipientes que acumulam água, como pratos de vasos para plantas, entre outros”, afirmou o secretário. 
MAPA DA DOENÇA: Nos três primeiros meses deste ano, 11 estados brasileiros apresentaram alta incidência de dengue e concentraram 74,5% dos casos notificados ao Ministério da Saúde.  De 1º de janeiro a 30 de março, os estados de Rondônia,Acre, Amazonas, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás registraram índices que vão de 304.9 até 3.105 casos por 100 mil habitantes (veja tabela 1). O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência de dengue: baixa (até 100 casos por 100 mil habitantes), média (de 101 a 300 casos) e alta (acima de 300). A média nacional é de 368.2 casos/100 mil habitantes.
Em números absolutos, os 11 estados registraram 532.107 casos suspeitos, o equivalente a 74,5% do total das notificações em todo o país, ou seja, 714.226. Do total de casos suspeitos notificados neste ano, 83.768 já foram descartados.  Vale destacar que as notificações em 2013 ainda são consideradas suspeitas, podendo ser descartados ou confirmados após a investigação pelas secretarias municipais de saúde. No ano passado, no mesmo período (1º de janeiro a 30 de março), foram 190.294 notificações.  Em 2011, os casos notificados foram 344.715 e, em 2010, de 501.806.
Embora o Brasil contabilize aumento nos casos suspeitos, foi registrada redução de 5% dos casos graves, se comparado ao mesmo período de 2012 (veja tabela 2) No ano passado, ocorreram 1.488 casos graves e, neste ano, foram confirmados 1.417. Já no mesmo período de 2011, a redução foi 74% (5.361) e, em comparação com 2010, foi de 82% (7.804).   Com relação aos óbitos, foram confirmados 132 (entre 1º de janeiro a 30 de março) de 2013. Em 2012, foram 117 óbitos; 236 (2011) e 306 (2010), no mesmo período.
INVESTIMENTOS - Nos últimos anos, o Ministério da Saúde destinou aos estados e municípios, de forma permanente, recursos para o financiamento das ações de vigilância, o que inclui o controle da dengue: R$ 1,05 bilhão em 2010; R$ 1,34 bilhão em 2011; e R$ 1,73 bilhão em 2012. Além disso, todos os municípios receberam adicional de R$ 173,3 milhões, efetuado em dezembro de 2012, para ações de qualificação das atividades de prevenção e controle da dengue, visando prevenir a intensificação da transmissão que sempre ocorre no verão. Em 2011, foram R$ 92,8 milhões para 1.159 municípios.
O Ministério da Saúde também desenvolveu outras ações - como o aprimoramento da capacidade de alerta e resposta à dengue, por meio dos sistemas de vigilância e monitoramento dos municípios para detecção precoce de surtos - revisão e atualização dos planos de contingência e compra de estoque estratégico para apoio ao atendimento às vitimas nos estados e municípios. Foram enviados aos estados e municípios 240 mil frascos de soro fisiológico, 300 mil envelopes de sais de reidratação oral, 30 mil frascos de do medicamento Paracetamol gotas e 487.500 em comprimidos. Também foram adquiridos e distribuídos aos gestores locais estoque estratégico de inseticidas e larvicidas para controle do mosquito transmissor: 2.500 toneladas de larvicidas, 350 mil litros de inseticidas, 60 mil litros de solventes de inseticidas.
Em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde lançou campanha de mobilização contra a dengue e intensificou a sua divulgação durante todo o período de maior ocorrência da dengue em 2013. Também foi oferecido aos profissionais de saúde ensino a distância em manejo clínico do paciente com dengue, por intermédio de curso promovido pela UNASUS, conhecido como Dengue em 15 minutos. Além disso, as secretarias de Atenção à Saúde e de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, vem prestando assistência técnica para organização da rede de serviços de saúde ao atendimento dos pacientes com a doença e apoio às atividades de prevenção e investigação dos óbitos suspeitos de dengue.
Comparativo de casos notificados de dengue 2012 e 2013 por UF 
 
UF
Semanas 1 a 13
Incidência
2012
2013
2012
2013
Norte
20.635
42.605
126.2
260.6
RO
1.040
8.571
65.4
539.1
AC
1.097
5.148
144.6
678.5
AM
2.583
10.950
71.9
304.9
RR
520
421
110.8
89.7
PA
9.143
7.357
116.9
94.1
AP
127
500
18.2
71.6
TO
6.125
9.658
432.0
681.2
Nordeste
67.622
47.255
125.4
87.7
MA
2.641
1.220
39.3
18.2
PI
2.792
1.302
88.3
41.2
CE
9.415
7.034
109.4
81.7
RN
7.095
2.106
219.8
65.2
PB
1.087
2.286
28.5
59.9
PE
17.451
1.641
195.4
18.4
AL
6.689
1.375
211.3
43.4
SE
1.824
392
86.4
18.6
BA
18.628
29.899
131.4
210.9
Sudeste
78.906
376.999
96.7
462.2
MG
8.698
152.230
43.8
766.7
ES
2.790
33.501
78.0
936.3
RJ
56.426
69.258
347.6
426.7
SP
10.992
122.010
26.2
291.2
Sul
1.622
56.866
5.8
205.1
PR
1.486
55.353
14.0
523.3
SC
51
364
0.8
5.7
RS
85
1.149
0.8
10.7
Centro­Oeste
21.509
190.501
149.1
1320.7
MS
2.009
77.782
80.2
3105.0
MT
11.225
25.525
360.3
819.3
GO
7.738
84.131
125.7
1366.9
DF
537
3.063
20.3
115.6
Total
190.294
714.226
98.1
368.2

Comparativo de casos graves e óbitos por dengue 2012 e 2013 por UF
 
País/Região/UF
Semana epidemiológica 1 a 13
Casos Graves
Óbitos
2012
2013
2012
2013
Confirmados
Confirmados
Confirmados
Confirmados
Rondônia
8
17
2
1
Acre
2
0
0
0
Amazonas
8
46
2
6
Roraima
0
0
0
0
Pará
54
21
3
8
Amapá
2
0
0
0
Tocantins
18
5
2
0
Norte
92
89
9
15
Maranhão
20
6
5
2
Piauí
17
8
3
0
Ceará
51
7
15
0
Rio Grande do Norte
102
8
5
1
Paraíba
25
11
1
2
Pernambuco
101
4
12
3
Alagoas
34
4
0
0
Sergipe
23
1
1
0
Bahia
124
32
11
6
Nordeste
497
81
53
14
Minas Gerais
38
84
5
24
Espírito Santo
133
332
1
6
Rio de Janeiro
306
164
19
7
São Paulo
41
97
10
13
Sudeste
518
677
35
50
Paraná
5
88
0
14
Santa Catarina
0
0
0
0
Rio Grande do Sul
0
0
0
0
Sul
5
88
0
14
Mato Grosso do Sul
23
98
1
22
Mato Grosso
92
48
3
9
Goíás
259
334
16
7
Distrito Federal
2
2
0
1
Centro-Oeste
376
482
20
39
Brasil
1.488
1.417
117
132

Fonte:  Valéria Amaral, da Agência Saúde - Ascom/MS