terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Atualização dos casos suspeitos de Febre Amarela



        O Ministério da Saúde informa que a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) atualizou, nesta segunda-feira (16), casos suspeitos de Febre Amarela silvestre no estado. Até o momento, existem 37 casos prováveis da doença, sendo 22 óbitos prováveis. No total, são 152 casos suspeitos notificados e 47 mortes suspeitas da doença em 26 municípios.
        Nesta terça-feira (17), uma terceira equipe do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) chegará ao estado de Minas Gerais para auxiliar nas investigações dos casos. As equipes estão atuando presencialmente nas localidades com relato de casos de febre amarela e estabelecendo medidas de controle. A investigação está sendo conduzida, em conjunto, pelo Ministério da Saúde, estado de Minas Gerais e municípios envolvidos.


        Os municípios com ocorrência de casos suspeitos de febre amarela (Ladainha, Malacacheta, Frei Gaspar, Caratinga, Piedade de Caratinga, Imbé de Minas, Entre Folhas, Ubaporanga, Ipanema, Inhapim, São Domingos das Dores, São Sebastião do Maranhão, Itambacuri, Poté, Setubinha, Água Boa, São Pedro do Suaçuí, Simonésia, Teófilo Otoni, Ipatinga, Alpercata, Ouro Verde de Minas, Itanhomi, Santa Rita do Itueto, Alvarenga e Novo Cruzeiro) já fazem parte da área de recomendação para vacinação, assim como todo o estado de Minas Gerais.
        A vacinação imediata contra febre amarela deve ser, preferencialmente, a pessoas que vivem em áreas rurais dos municípios com casos suspeitos e a pessoas que nunca se imunizaram contra a doença.

        APOIO AS MEDIDAS PREVENTIVAS DO ESPÍRITO SANTO – O Ministério da Saúde informa que vai apoiar a medida preventiva da Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo (SES/ES) de vacinar a população de 26 municípios próximos ao estado de Minas Gerais. Não há casos confirmados de humanos ou macacos infectados pela febre amarela no Estado. Para as ações, o Ministério da Saúde vai encaminhar 350 mil doses da vacina nesta semana, conforme solicitação do estado.
        Nesta segunda-feira (16), o estado notificou o Ministério da Saúde sobre a existência de dois casos suspeitos de febre amarela silvestre nos municípios de Conceição do Castelo e São Roque do Canaã. Os casos são de pessoas que residem em área rural. Para auxiliar o estado e municípios nas investigações de casos suspeitos de febre amarela, o Ministério da Saúde vai enviar, ainda nesta semana, técnicos do Programa Nacional de Imunização e Coordenação-Geral das Doenças Transmissíveis. Além de ajudar na investigação, os técnicos vão trabalhar no estabelecimento de medidas de controle. 
        O Ministério da Saúde reforça que o estado do Espírito Santo não é considerado área de risco, portanto continua sem recomendação de vacinação contra a febre amarela. A medida de precaução foi adotada pelo estado em função da proximidade com as cidades de Minas Gerais onde estão sendo investigados casos da doença, além do fato da região ser formada por uma mata contínua, sem barreiras com o estado. Para o restante do estado, a recomendação de vacinação continua a mesma: apenas pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, devem se imunizar.
        Os 26 municípios que passarão a vacinar a população no estado do Espírito Santo são: Águia Branca, Água Doce do Norte, Alto Rio Novo, Apiacá, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Laranja da Terra, Mantenópolis, Montanha, Mucurici, Pancas, Pedro Canário, Ponto Belo, São Gabriel da Palha, Venda Nova do Imigrante e São Roque do Canaã.

VACINAÇÃO – Em 2015, foram registrados nove casos de febre amarela silvestre em todo o Brasil, seis em Goiás, dois no Pará e um no Mato Grosso do Sul, com cinco óbitos. Em 2016, foram confirmados seis casos da doença, nos estados de Goiás (3), São Paulo (2) e Amazonas (1), sendo que cinco deles evoluíram para óbito. Atualmente, o Brasil tem registros apenas de febre amarela silvestre. Os últimos casos de febre amarela urbana (transmitida pelo Aedes aegypti) foram registrados em 1942, no Acre.
        Todos os estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender toda a população nas situações recomendadas. Na última semana, o Ministério da Saúde enviou 735 mil vacinas ao estado, totalizando mais de 1 milhão de doses ao estoque de Minas Gerais. Para o Espírito Santo serão enviadas, até esta quarta-feira (18), 350 mil doses para atender a população dos 26 municípios que vacinarão contra a doença.
        A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Ministério da Saúde definiu a manutenção do esquema de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos.
        A recomendação de vacinação para o restante do país continua a mesma: toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, deve se imunizar. A vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país. Os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da área de recomendação para a vacina.
        É importante informar que a vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país. Em 2016, o total distribuído foi de mais de 16 milhões de doses. A vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença.

Orientações para a vacinação contra febre amarela para residentes em área com recomendação da vacina ou viajantes para essa área.



 
 Fonte: Amanda Mendes, da Agência SaúdeAscom/MS 

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Sarampo está eliminado do Brasil, afirma Comitê Internacional



No Brasil, o sarampo é uma doença de notificação compulsória desde 1968.
O sarampo está eliminado no Brasil. O anúncio foi feito durante visita ao Brasil da presidente da Comitê Internacional de Especialistas de Avaliação e Documentação da Sustentabilidade do Sarampo nas Américas (CIE), Marceline Dahl-Regis. O último caso relatado no País foi no Ceará, em julho de 2015

 
Marcelo Martins/Prefeitura de Blumenau
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A expectativa agora é que, até o final de 2016, o Brasil receba o certificado de eliminação do sarampo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – e, com isso, ficará reconhecida a eliminação da transmissão da doença em todo o continente americano, que será a primeira região do mundo onde isso acontece. O mesmo ocorreu, em 2015, com a rubéola e a síndrome da rubéola congênita.

Dahl-Regis elogiou o trabalho integrado e exitoso do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Ceará, parabenizando todo o processo de vigilância epidemiológica realizado durante a situação.
“O Ministério da Saúde, junto à Secretaria Estadual e municipais de Saúde no Ceará, buscaram sempre agir de forma oportuna para enfrentar e garantir a interrupção da cadeia de transmissão do sarampo. Isso demonstra a eficiência do trabalho integrado feito pelo monitoramento e a vigilância dentro do Sistema Único de Saúde do Brasil”, explicou o secretário executivo Antonio Nardi, durante evento na Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília.

Histórico
No Brasil, o sarampo é uma doença de notificação compulsória desde 1968. Desde 1999, a vigilância do sarampo é integrada à vigilância da rubéola, tornando oportuna a detecção de casos e surtos e a efetivação das medidas de controle adequadas.

Desde a implantação do Plano de Eliminação do Sarampo, em 2000, a doença apresentou baixa morbimortalidade. No ano 2000, foram confirmados os últimos surtos autóctones nos Estados do Acre e Mato Grosso do Sul. A partir de 2001, ocorreram casos importados, mas sem grande magnitude e controlados pelas ações de prevenção e controle.

Também foi realizada Campanha de Seguimento contra o Sarampo em todos os municípios brasileiros no período de 8 a 28 de novembro de 2014. Com as medidas adotadas foi constatada a interrupção da circulação do vírus do sarampo no Brasil.

A partir desse cenário, particularmente no Pernambuco e Ceará – onde ocorreram surtos em 2013, 2014 e 2015 – foi elaborado, em 2014, o Plano de Contingência Para Resposta às Emergências em Saúde Pública para o Sarampo.

Apesar dos grandes avanços obtidos no mundo, os surtos continuam ocorrendo mesmo em países que apresentam alta cobertura vacinal, o que requer que sejam mantidas as estratégias estabelecidas no Plano de Sustentabilidade da Eliminação do Sarampo, Rubéola e SRC e manutenção da Comissão Nacional de Especialistas do Sarampo.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde