Durante o inverno é comum que
doenças respiratórias e a gripe atinjam com maior frequência a população. Como
forma de prevenir a população de infecções pelo vírus da gripe, o Ministério da
Saúde orienta ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia,
evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço
descartável. Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde.
“Todas as pessoas que
apresentarem a síndrome gripal e que fazem parte dos grupos mais vulneráveis
para complicações - como as gestantes, crianças pequenas, os idosos e
portadores de doenças crônicas - devem iniciar o tratamento. Em caso de
agravamento da síndrome gripal, mesmo não sendo dos grupos mais vulneráveis, o
tratamento com o antiviral oseltamivir deve ser iniciado com urgência”, observa
a secretária substituta de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Sonia
Brito.
O medicamento é distribuído
gratuitamente em toda a rede pública de saúde. Os sintomas são surgimento
simultâneo de febre, tosse ou dor na garganta, cefaleia (dor de cabeça) ou mialgia
(dor nos músculos) ou artralgia (dor nas articulações). Já o agravamento pode
ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de
sintomas gastro-intestinais ou dor muscular intensa.
CASOS - Apesar do aumento
previsto de número de casos da gripe nesta época do ano, a representante do
Ministério da Saúde descarta qualquer tipo de epidemia. “Temos acompanhado
aumento no número de casos pelo vírus A H1N1 em relação ao ano passado, mas
isso não evidencia qualquer tipo de surto ou epidemia”, destacou.
O Ministério da Saúde tem
monitorado os casos e analisado a situação da transmissão do vírus da gripe em
todo o país, sobretudo, na região Sul do país (Rio Grande do Sul, Paraná e
Santa Catarina). “Estamos acompanhando junto aos estados da região Sul e todos
os demais que nos tem pedido apoio. Estamos intensificando o monitoramento e,
providenciando, acesso ao medicamento oseltamivir (Tamiflu), usado no
tratamento da gripe, para facilitar o acesso em toda a rede pública de saúde”
afirma Sonia Brito. “Esta é a forma adequada de tratamento. A vacina não é
recomendada para situações em que já há circulação acentuada do vírus da gripe,
pois seu uso leva em média duas semanas para garantir a proteção”, completa.
TRATAMENTO - O uso precoce do antiviral
oseltamivir reduz as complicações nos casos graves de gripe. Em junho, o
Ministério da Saúde autorizou o envio de 51.190 caixas de medicamentos para o
tratamento da gripe para Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Cada caixa contém 10 comprimidos, o suficiente para um tratamento completo. A
ação é preventiva e visa evitar que haja desabastecimento do medicamento
oseltamivir, de nome comercial Tamiflu.
Nenhum dos 26 estados e Distrito
Federal apresenta carência do antiviral. É o que afirma a secretária substituta
de Vigilância em Saúde, ao acrescentar que todo o Brasil está preparado para
atender a população. “O Ministério da Saúde tem acompanhado os estoques junto
às secretarias estaduais de Saúde e, na medida em que forem consumidos, novos
lotes serão enviados. Além disso, o Ministério da Saúde mantém estoque
estratégico”, disse.
ORIENTAÇÃO AOS PROFISSIONAIS – O
Ministério da Saúde tem orientado os profissionais de saúde a prescreverem o
tratamento com o antiviral oseltamivir quando a pessoa apresentar o sintoma da
síndrome gripal, independentemente de resultados de exames laboratoriais ou
sinais de agravamento. Para isso, reforçou, no último mês por meio de nota
técnica, a orientação para profissionais de saúde seguirem o novo Protocolo de
Tratamento da Influenza, que foi revisado no ano passado pelo Ministério.
VACINAÇÃO – O Brasil vacina todos
os grupos classificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como sendo de
maior vulnerabilidade para desenvolver a forma mais grave da doença que pode
evoluir para o óbito. São eles: idosos a partir dos 60 anos, crianças entre
seis meses e menores de dois anos, gestantes em qualquer fase da gravidez,
povos indígenas e trabalhadores de saúde envolvidos na atenção a pessoas com
gripe. Na campanha de vacinação contra a gripe realizada neste ano, o Brasil
registrou mais de 80% de cobertura, uma das mais altas do mundo.
Nos três estados da região Sul, a
cobertura vacinal superou a marca de 80%, recomendada pelo Ministério da Saúde.
Além disso, o Ministério da Saúde autorizou o envio de 1,4 milhão de doses
extras da vacina para complementar o estoque dos estados para atender a
população com comorbidades, como pessoas com diabetes mellitus, asma, fibrose
cística e imunodeficiências congênitas. A vacinação desse grupo ocorre mediante
a indicação e prescrição médica de acordo com cada Secretaria Estadual de
Saúde.
GRIPE - O vírus da gripe A H1N1,
que surgiu em 2009, no México, ainda circula no mundo inteiro, mas é pouco
provável a ocorrência de epidemias, como a pandemia de 2009, quando o Brasil
registrou 2.060 óbitos. Em agosto de 2010, com base nos dados epidemiológicos
registrados, a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia como encerrada.
Entretanto, continuam ocorrendo casos e pode haver surtos localizados.
Muitas pessoas já estão
protegidas contra o vírus A H1N1, seja porque tiveram a infecção natural desde
2009 (estima-se que até 30% da população pode ter tido influenza pelo subtipo A
H1N1 2009) ou porque se vacinaram na campanha de vacinação realizada pelo
Ministério da Saúde em 2012. Desde 2010, o Ministério da Saúde vem realizando
campanhas de vacinação contra influenza que protegem do vírus A H1N1 (2009).
Orientações que a população deve
seguir para prevenção:
— higienizar as mãos com
frequência;
— utilizar lenço descartável para
higiene nasal;
— cobrir nariz e boca quando
espirrar ou tossir;
— higienizar as mãos após tossir
ou espirrar;
— evitar tocar mucosas de olhos,
nariz e boca;
— não partilhar alimentos, copos,
toalhas e objetos de uso pessoal;
— ventilar os ambientes.
Fonte: Amanda Costa, da Agência Saúde,
ASCOM/MS
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