O Instituto Butantã espera iniciar em um mês em São Paulo os
testes em voluntários para o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra o
vírus da dengue. A expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à
venda no País.
O médico imunologista Jorge Kalil, um dos responsáveis pela
vacina, diz que o início dos primeiros testes com seres humanos depende apenas
da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
Esta é a segunda fase da pesquisa, que teve início a partir
de um produto desenvolvido desde 2005 em laboratórios norte-americanos.
“Pretendemos iniciar em 30 dias essa nova etapa, que deve se prolongar pelos
seis meses seguintes”, afirma Kalil.
Ele explica que a terceira fase será aleatória, com testes
cegos em pessoas expostas a áreas com altos índices de casos de dengue, em
experimentações que vão durar outros seis meses. “Depois disso, se tudo ocorrer
como o planejado, enviaremos um dossiê para os órgãos de saúde para posterior
aprovação”, afirma Kalil.
No País, porém, há outra vacina sendo testada. O laboratório
francês Sanofi Pasteur atua em cinco capitais brasileiras (Campo Grande,
Fortaleza, Goiânia, Natal e Vitória) para verificar os efeitos, que até o
momento têm sido parciais - o medicamento mostrou capacidade para proteger
contra três das quatro cepas virais causadoras da doença. Caso seja aprovada, a
vacina do laboratório francês poderá ser colocada no mercado em 2014.
As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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