Meta do Ministério
da Saúde é imunizar 80% do público-alvo, que é de 30,1 milhões de pessoas. Em
2011, mortalidade por influenza H1N1 teve queda de 64,1%.
O ministro da
Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário de Vigilância em Saúde do ministério,
Jarbas Barbosa, apresentaram, nesta terça-feira (24), a Campanha Nacional de
Vacinação Contra a Gripe. Em sua 14ª edição, a ação visa imunizar 80% do
público-alvo de 30,1 milhões de pessoas, entre idosos, gestantes, crianças
entre seis meses e dois anos de idade, profissionais de saúde e indígenas.
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Em 2011, quando
foram incluídos gestantes, crianças e indígenas no público-alvo, houve redução
de 64,1% nas mortes por agravamento da gripe H1N1 – foram 53 óbitos, contra 148
no ano anterior. Já o número de casos graves notificados teve redução de 44% -
de 9.383 para 5.230. A campanha imunizou 25,134 milhões de pessoas – 84,1% do
público total de 29,918 milhões.
Segundo o ministro
Padilha, “duas medidas - a ampliação do público-alvo da campanha e o maior
acesso ao medicamento – possibilitaram a redução, cada vez maior, dos casos
graves e dos óbitos pelo vírus da gripe”. No ano passado, o Ministério da Saúde
estendeu a distribuição do antiviral oseltamivir a todas as pessoas de grupos
vulneráveis que apresentam síndrome gripal.
Entre 5 e 25 de
maio, 65 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) estarão
preparados para imunizar a população. No próximo dia 5, acontecerá o Dia D de mobilização
nacional, com postos funcionando das 8h às 17h. A campanha será realizada em
parceria do Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de todo
o país. Seu principal objetivo é reduzir a mortalidade, as complicações e
as internações que ocorrem em consequência das infecções pelo vírus da
influenza nesta população.
A vacina protege
contra os três principais vírus que circulam no hemisfério Sul, entre eles o da
influenza A (H1N1), como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A
vacinação é a consolidação da proteção dos novos grupos incluídos no ano
passado. A vacina se destina a proteger os públicos mais vulneráveis, para
evitar a forma mais grave e os óbitos”, explicou Barbosa.
Para a campanha, o
Ministério da Saúde distribuiu 31,1 milhões de doses da vacina e repassou R$
24,7 milhões do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais.
Estes recursos serão usados para custear a infraestrutura das campanhas, a
aquisição de seringas e agulhas, o deslocamento das equipes e o material
informativo distribuído. Cerca de 240 mil profissionais do SUS estarão
envolvidos na ação, que também contará com 27 mil veículos.
Das doses
distribuídas neste ano, 96% foram produzidas no Brasil. “Isso é fruto da
transferência de tecnologia e a capacitação dos nossos laboratórios públicos
para que o Brasil seja cada vez mais soberano na produção das vacinas e ser
tornar um polo de exportação”, disse Padilha.
Como a vacina deste
ano tem a mesma composição da distribuída no ano passado, pais e responsáveis
devem estar atentos para a vacinação de crianças de seis meses e dois anos de
idade. As que tomaram a vacina no ano passado devem tomar apenas uma dose neste
ano. Já as que se vacinarão pela primeira vez precisam receber duas doses, com
intervalo de 30 dias entre elas. De acordo com Padilha, “no Brasil, a adesão à
campanha é consistente porque as pessoas reconhecem a imunização como algo que
pode melhorar a sua qualidade de vida”.
POPULAÇÃO PRISIONAL
– Pela primeira vez, as cerca de 500 mil pessoas que estão cumprindo pena
em presídios também estarão cobertas pela campanha. A iniciativa faz parte do
Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário, executado em parceria entre
os ministérios da Saúde e da Justiça.
Um de seus
objetivos é garantir o direito à saúde dos presidiários, população que está
mais vulnerável a doenças respiratórias e pulmonares, devido às condições de
habitação e confinamento.
“Acreditamos que ao
proteger a população prisional, que tem altíssimo contágio, bloqueamos a cadeia
de transmissão para familiares, visitantes e profissionais que fazem
atendimento a estas pessoas”, avalia Padilha.
A escolha dos
grupos a serem vacinados é definida com base em estudos epidemiológicos e na
observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal
agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao
agravamento de doenças respiratórias.
REAÇÕES - A vacina não é
recomendável para quem tem alergia à proteína do ovo – usada na sua fabricação
– ou para quem teve reações adversas a doses anteriores. Em casos de doenças
agudas e febris ou de pacientes com doenças neurológicas, é aconselhavél a
busca de avaliação médica. Quem pretende doar sangue deve aguardar 48
horas após a dose para realizar a doação.
A Organização
Mundial da Saúde estima que existe no mundo cerca de 1,2 bilhão de pessoas com
risco elevado de contrair gripe com complicações, sendo 385 milhões de idosos
acima de 65 anos de idade, 140 milhões de crianças, e 700 milhões de crianças e
adultos com doenças crônicas. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir
entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e 39% a 75% a mortalidade
global. Entre os residentes em lares de idosos, a vacinação pode diminuir em
60% o risco de pneumonia e em cerca de 50% a 68% o risco global de
hospitalização, respectivamente.
Tabela 1. Campanha de vacinação contra influenza
2012
|
|||||
UF
|
População alvo
|
Meta
|
Nº de doses
|
Valor repassado
|
|
RO
|
201.197
|
160.958
|
221.320
|
325.427,21
|
|
AC
|
109.839
|
87.871
|
120.820
|
175.501,90
|
|
AM
|
575.851
|
460.681
|
633.440
|
924.039,33
|
|
RR
|
103.984
|
83.187
|
114.380
|
166.500,20
|
|
PA
|
981.116
|
784.892
|
1.079.230
|
1.585.528,37
|
|
AP
|
82.397
|
65.918
|
90.640
|
133.527,52
|
|
TO
|
202.028
|
161.622
|
222.230
|
325.293,02
|
|
NORTE
|
2.256.412
|
1.805.129
|
2.482.060
|
3.635.817,55
|
|
MA
|
962.633
|
770.106
|
1.058.900
|
1.546.613,07
|
|
PI
|
487.684
|
390.147
|
536.450
|
427.989,31
|
|
CE
|
1.312.299
|
1.049.839
|
1.443.530
|
1.150.889,77
|
|
RN
|
484.283
|
387.426
|
532.710
|
424.650,73
|
|
PB
|
636.506
|
509.205
|
700.160
|
559.304,73
|
|
PE
|
1.378.588
|
1.102.870
|
1.516.450
|
1.209.307,77
|
|
AL
|
452.909
|
362.327
|
498.200
|
403.278,21
|
|
SE
|
294.579
|
235.663
|
324.040
|
259.529,62
|
|
BA
|
2.157.933
|
1.726.346
|
2.373.730
|
1.890.908,60
|
|
NORDESTE
|
8.167.412
|
6.533.930
|
8.984.170
|
7.872.471,81
|
|
MG
|
3.088.981
|
2.471.185
|
3.397.880
|
2.696.927,91
|
|
ES
|
526.586
|
421.269
|
579.250
|
461.358,38
|
|
RJ
|
2.773.556
|
2.218.844
|
3.050.910
|
2.418.412,84
|
|
SP
|
6.826.932
|
5.461.545
|
7.509.630
|
3.452.005,25
|
|
SUDESTE
|
13.216.055
|
10.572.844
|
14.537.670
|
9.028.704,38
|
|
PR
|
1.658.765
|
1.327.012
|
1.824.640
|
838.899,75
|
|
SC
|
915.644
|
732.515
|
1.007.210
|
463.122,31
|
|
RS
|
1.918.606
|
1.534.885
|
2.110.470
|
965.070,91
|
|
SUL
|
4.493.014
|
3.594.411
|
4.942.320
|
2.267.092,97
|
|
MS
|
426.995
|
341.596
|
469.700
|
373.807,49
|
|
MT
|
425.074
|
340.059
|
467.580
|
680.264,03
|
|
GO
|
835.771
|
668.617
|
919.350
|
733.587,58
|
|
DF
|
322.525
|
258.020
|
354.780
|
164.962,83
|
|
C.OESTE
|
2.010.364
|
1.608.291
|
2.211.410
|
1.952.621,93
|
|
BRASIL
|
30.143.256
|
24.114.605
|
33.157.630
|
24.756.709
|
Fonte:
CGPNI/SVS/MS
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