segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sete cuidados para prevenir o câncer - Especialistas indicam hábitos capazes de evitar os tipos mais comuns da doença


O tratamento contra o câncer é um dos mais desgastantes. Família e paciente sofrem durante meses, às vezes por vários anos, até controlar a doença. Fatores genéticos são historicamente conhecidos como causas do problema, a novidade da Medicina mais recentemente é o peso que seus hábitos têm no desenvolvimento de um tumor. "Manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos fazem bem para a saúde de maneira geral e isso inclui a prevenção de vários tipos de câncer", afirma o oncologista Hezio Jadir Fernandes Jr, diretor do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC). "O segredo está em identificar os cuidados específicos para cada tumor".

No Dia Nacional de Combate ao Câncer, veja as dicas dos especialistas para diminuir os riscos dos principais tipos da doença.

.Câncer de mama 
Tipo de câncer mais comum em mulheres, com exceção do câncer de pele, o câncer de mama corresponde a 28% dos tumores no sexo feminino. Segundo a oncologista Ana Ramalho, coordenadora da divisão de atenção oncológica do INCA, os exames preventivos, como a ressonância da mama e a mamografia, têm um papel importante na prevenção e devem ser feitos uma vez a cada dois anos, após os 40 anos de idade. "Quando a mulher chega aos 50, deve realizar pelo menos um desses exames anualmente, além de fazer o autoexame de toque toda a semana", afirma a especialista. 

Outro hábito simples tem se mostrado eficaz na hora de prevenir o câncer de mama. "Para as mulheres que estão pensando em ter filhos, um bom conselho é amamentar o bebê pelo menos durante o primeiro ano de vida. Estudos mostraram que esse hábito, além de trazer inúmeros benefícios para o bebê, pode diminuir em até 5% as chances de ter câncer de mama", explica. 

Câncer de próstata 
De acordo com o último levantamento feito pelo Instituto Nacional de Câncer, o câncer de próstata é o segundo tipo que mais atinge homens, correspondendo a 30% dos casos registrados. "Fazer o exame de toque retal ou ultrassom da próstata, anualmente, a partir dos 40 anos é fundamental", afirma o urologista José Roberto Colombo, especialista do Minha Vida. 

Outra medida apontada pelo o especialista é aumenta a ingestão de tomates, principalmente em versão quente, como no molho vermelho. "O tomate tem uma substância chamada licopeno que, além de dar a cor avermelhada à fruta, também age como preventivo contra o câncer de próstata". 





Câncer de pulmão 
Esse tipo de câncer é o mais comum de todas as neoplasias malignas e apresenta um aumento de 2% ao ano na incidência mundial. "Aproximadamente 90% de pacientes que foram diagnosticados com câncer de pulmão fumam ou já fumaram. Esse dado já mostra que a melhor maneira de se prevenir é não fumar ou largar o cigarro o mais rápido possível", afirma o oncologista Artur Katz, do Hospital Sírio Libanês, líder da pesquisaCâncer de Pulmão: a Visão dos Pacientes. 

De acordo com o pneumologista Ricardo Meirelles, da Divisão de Controle de Tabagismo do INCA, a região sul do Brasil é onde o câncer de pulmão afeta mais pessoas. "É lá também que o hábito de fumar e consumir outros produtos derivados do tabaco é mais comum", explica.

Colo do útero 
Tirando o câncer de pele não melanoma, o câncer de colo de útero é o que apresenta maior percentual de prevenção e cura. "Para diminuir esse tipo de câncer, dois hábitos se mostram bastante eficazes: o uso de preservativos e fazer o exame Papanicolau todos os anos", afirma o oncologista Hezio Jadir Fernandes Jr, diretor do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC). 

Segundo o especialista, o vírus do papiloma humano (HPV), é um dos principais causadores do câncer de colo de útero. Para se proteger, basta usar preservativos e controlar o número de parceiros sexuais. "O começo da vida sexual está cada vez mais precoce. Isso favorece o aparecimento do vírus do papiloma humano e, consequentemente, o câncer de colo de útero", explica. Como a vacinação contra HPV ainda não está disponível a todos, o uso do preservativo ainda é a melhor forma de prevenção. 

Já o exame Papanicolau é a maneira mais eficiente de encontrar esse tipo de câncer no estado inicial. "Nessa fase, o problema é facilmente tratado. Por isso, as mulheres que tem vida sexual ativa devem fazer esse exame esse exame pelo menos uma vez por ano", explica o oncologista.  

Câncer de pele
Considerando todas as variações possíveis, o câncer de pele é o mais comum, tanto em homens como em mulheres. Por outro lado, ele também é o que possui o maior índice de cura, se descoberto em estágio inicial, e o mais fácil de prevenir. "O câncer de pele está diretamente ligado à exposição demasiada ao sol. Por isso, as duas melhores maneiras de se prevenir estão ligadas a este hábito", explica o dermatologista Claudio Mutti, especialista em cirurgia oncológica pélvica pelo Instituto de Controle do Câncer.

Segundo o dermatologista o protetor solar é o maior aliado na prevenção do câncer de pele. A aplicação deve ser feita cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol e o produto deve ser aplicado no corpo todo, especialmente nas áreas mais expostas ao sol, como face, pescoço, colo e braços. "É nessas áreas que o câncer de pele é mais frequente", explica.

Outra medida importante é evitar sair no período de pico do sol, entre 10 e 16 horas. "Mesmo usando protetor solar, é importante evitar se expor aos raios solares nesse período de sol forte", explica Claudio Mutti.

Cólon e reto
"Uma alimentação balanceada, com baixo teor calórico, rica em frutas, fibras e legumes, associada a hábitos saudáveis como a prática de atividade física, pode reduzir 37% desse tipo de tumor", diz o nutricionista Fábio Gomes, especialista da área de nutrição do INCA. O especialista ainda lembra que a ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcoólicas também pode ser um fator de risco para esse tipo de câncer.



Fonte: POR FERNANDO MENEZES

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Brasil fica na 84ª posição em índice de desenvolvimento da ONU

Copenhague, 2 nov (EFE).- O Brasil ficou na 84ª posição (0,718 pontos) no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2011, divulgado nessa quarta-feira pela ONU, que mais uma vez foi liderado pela Noruega e teve na sua última posição um país africano, a República Democrática do Congo.
Austrália, Holanda, EUA, Nova Zelândia, Canadá, Irlanda, Liechtenstein, Alemanha e Suécia seguem nas primeiras colocações após a Noruega.
O índice, apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em Copenhague, é uma maneira padronizada de avaliação e leva em conta riqueza, educação e expectativa de vida ao nascer de cada país.
A lista inclui 187 nações (18 a mais do que no ano passado). Os melhores classificados na América Latina foram Chile (44º), Argentina (45º), Uruguai (48º) e Cuba (51º).
Os dez países pior classificados são da África Subsaariana: Guiné, República Centro-Africana, Serra Leoa, Burkina Faso, Libéria, Chade, Moçambique, Burundi, Níger e a República Democrática do Congo.
A comparação com os últimos cinco anos mostra que as nações que mais subiram no ranking foram Cuba, dez posições, e Venezuela e Tanzânia, sete. O Brasil melhorou uma colocação.
Os países que mais caíram foram Kuwait e Finlândia, que perderam oito e sete posições, respectivamente.
Se ao invés do IDH foi usado outro tipo de avaliação, o IDH-D, que leva em conta desigualdades internas, a Noruega continua na primeira colocação. Mas países como os EUA caem para o 23º lugar. Suécia e Dinamarca, ao contrário, são nações que sobem se for usado esse índice.
"O IDH ajustado às desigualdades ajuda a avaliar melhor os níveis de desenvolvimento de todos os segmentos da sociedade, e não apenas do cidadão médio", disse em comunicado Milorad Kovacevic, responsável pelas estatísticas do relatório.
O relatório final da ONU sobre o índice aponta que a receita da maioria dos países do mundo piorou e que a América Latina é a região mais desigual. Se for usado o IDH-D, no entanto, a África Subsaariana e o sul da Ásia são os locais mais pobres.
O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), uma das classificações complementares criadas pelo Pnud, é liderado por Suécia, Holanda e Dinamarca. E nas últimas posições estão o Níger, Chade e Iêmen.
Outra lista complementar é o Índice de Pobreza Multidimensional (IMP), que avalia fatores como o acesso a água potável, combustível e serviços de saúde, assim como artigos domésticos e padrão domiciliar.
Mais de 1.700 bilhão de pessoas em 109 países viviam em pobreza "multidimensional" no final da década passada, segundo o relatório. EFE
alc/dk
Fonte: EFE