sábado, 22 de setembro de 2012

Crianças são internadas em Santa Catarina após intoxicação com leite contaminado

Desde o dia 20 de setembro, 17 crianças foram internadas em todo o Estado de Santa Catarina com uma alteração no sangue que impede o transporte de oxigênio, três estão em estado grave, segundo o Centro de Informações Toxicológicas. A hipótese mais provável é que a intoxicação tenha ocorrido pelo consumo de leite com nitrito.

O quadro de methemoglobina acomete principalmente crianças menores de três anos e os sintomas são cianose (rouxidão), principalmente nos lábios e embaixo das unhas, mas pode afetar todo o corpo, e o sangue fica “achocolatado”. Se há grande contaminação, podem ocorrer ainda dificuldade para respirar, dor de cabeça, fadiga, vertigem e desmaios. Em casos extremos, pode-se chegar ao coma ou a morte.

Segundo Marlene Zannin, supervisora do Centro de Informações, aos primeiros sinais os pais devem levar os filhos para o hospital. “Ainda hoje, várias crianças chegaram a hospitais com o quadro, que é diagnosticado por exame laboratorial”, explica. Zannin conta que algumas crianças já foram liberadas, enquanto algumas estão sob investigação e outras necessitam de UTI e ventilação mecânica.
O tratamento básico consiste na remoção do agente causador, administração de oxigênio e observação.

Os casos se concentram em Florianópolis, Vale do Itajaí e Balneário Camboriú.
A Secretaria de Saúde do Estado informou em comunicado que a Diretoria de Vigilância Sanitária retirou do mercado os lotes de leite pasteurizado de número 0687 e 0689 da marca “Holandês”, Indicado até o momento como causador da intoxicação. A Vigilância ainda recomenda que as pessoas que possuam tal leite em casa não o consumam. Entretanto, a toxicóloga informa que ainda não há a certeza de que esta tenha sido a fonte da contaminação.

Para receber orientações relacionadas à assistência, diagnóstico clínico e laboratorial, bem como tratamento, deve-se ligar para o Centro de Informações Toxicológicas no telefone 0800-643-5252.

Fonte:  UOL - São Paulo

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

21 exercícios de neuróbica que deixam o cérebro afiado

Evitar fazer tudo no automático ajuda a turbinar a memória e a concentração

Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?

O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.

"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória", explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. "Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente". 
Para o neurologista da Unifesp Ivan Okamoto, tais exercícios ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não costumamos ter em nosso dia a dia, porém, tais habilidades em nada se relacionam com a memória.

"Se você é destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá sua coordenação motora de modo a conseguir escrever com as duas mãos e caso um dia, tenha algum problema que limite a escrita com a mão direita, terá a esquerda bem capacitada para isso. Mas o fato de praticar este tipo de exercício não significa que você se verá livre de problemas como esquecer de pagar as contas, tomar o remédio, ou algo do gênero", explica o especialista. 
Como funciona a neuróbica?

A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia a dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo. "São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável", explica Mariuza Pregnolato.

Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. "Estas atividades funcionam, mas a neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?", sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para "forçar" a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho.
 
O papel dos sentidos
O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" de cunho emocional e social.

"Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação", explica Mariuza.

Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado?  
Corpinho de 40 e mente de 20!
A neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. "Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral, o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino", explica Mariuza.

"Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer". 
21 dicas para você montar seu treino

O desafio da neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional, por isso:

1-Use o relógio de pulso no braço direito;

2-Ande pela casa de trás para frente;

3-Vista-se de olhos fechados;

4-Estimule o paladar, coma comidas diferentes;

5-Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado; 
6-Veja as horas num espelho;

7-Troque o mouse do computador de lado;

8-Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda - ou a direita, se for canhoto;

9-Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual;

10-Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro;

11-Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado;

12-Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef; 
neuróbica
 
13-Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os;

14-Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras;

15-Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes.

16-Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu;

17-Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos;

18-Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver;

19-Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar;

20-Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra;

21-A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão? 
Hábitos saudáveis
Outra atitude indispensável para manter a memória sempre afiada, é prestar atenção na qualidade de vida. O neurologista Ivan Okamoto sugere um estilo de vida mais tranquilo, com alimentação balanceada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis.

"A melhor maneira de manter a memória em dia é cuidar da saúde, por isso é importante evitar cigarro e bebidas alcoólicas, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios e exercitar o cérebro. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando de alguma atividade em grupo, ajuda a elevar a autoestima e deixar a memória a todo vapor", explica o especialista. 
 Por Fonte: Natalia do Vale - publicado em 24/05/2010

domingo, 9 de setembro de 2012

Organização Mundial da Saúde alerta: A cada 40 segundos uma pessoa se suicida!


Genebra, 7 set/2012 - A cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo, o que eleva para um milhão por ano o número daqueles que decidem tirar a própria vida, uma epidemia que cada vez mais se estende aos jovens, segundo denuncia a Organização Mundial da Saúde (OMS).


Na próxima segunda-feira, dia 10 de setembro, se lembra o Dia para a Prevenção do Suicídio, um fenômeno que afeta todas as regiões do mundo e todos os grupos de idade, e que é especialmente preocupante porque para cada suicídio há 20 tentativas fracassadas.

No entanto, em meio século houve uma mudança de tendência: se em 1950 60% dos suicídios eram protagonizados por pessoas com mais de 45 anos, atualmente, 55% dos que tiram a vida são mais novos que isto.

De fato, o suicídio é a terceira causa de morte entre as pessoas de 15 a 44 anos, e entre os jovens de 10 a 24 anos, mundialmente, o suicídio constitui a segunda causa de morte. Os índices de suicídios entre os jovens aumentaram tanto que em um terço dos países esta faixa de idade é considerada a de "maior risco" pela OMS.


"As causas exatas do porquê desta mudança de tendência não sabemos. É um fenômeno que afeta todos os países e que está aumentando, mas as razões principais não as conhecemos, são muitas, variadas e mudam muito de caso a caso", assinalou em entrevista à Agência Efe Alexandra Fleischmann, do departamento de Saúde Mental da OMS.

Em geral, as mulheres realizam mais tentativas de suicídios do que os homens, mas estes são mais efetivos porque usam métodos mais radicais (como armas de fogo ou pesticidas) frente ao abuso de remédios por parte das mulheres.

Os fatores que determinam uma tentativa de suicídio são múltiplos e variados - psicológicos, sociais, biológicos, culturais e ambientais -, mas, generalizando, se pode afirmar que as desordens mentais (depressão e uso desproporcional do álcool, especialmente) são um fator maior de risco na Europa e nos Estados Unidos, enquanto nos países asiáticos o impulso "representa um papel essencial".
"Por exemplo, nas zonas rurais da Ásia há um grande problema com os pesticidas. Em uma situação de desespero, os agricultores tomam impulsivamente o pesticida e morrem rapidamente", explicou Alexandra.

"Além disso, nas zonas remotas, o acesso aos estabelecimentos de saúde é muito mais difícil. Se a tentativa de suicídio é realizada em um apartamento de uma grande cidade desenvolvida, essa pessoa pode ser levada de urgência a um hospital e ser salva", acrescentou.

Com relação à América Latina, a região mantém tradicionalmente baixos níveis de suicídios, apesar de existirem grandes diferenças entre os países, como revela o 1,9 por cada 100.000 homens peruanos que tiram a própria vida, frente aos 26 por cada 100.000 dos homens uruguaios.

"Tradicionalmente as taxas na América Latina se mantiveram baixas, mas vemos a mesma tendência que no resto do mundo, ou seja, o aumento dos índices, sobretudo entre os jovens", destacou a especialista.

Embora o Brasil não tenha tradição ou cultura suicida, o Mapa da Violência/2011, divulgado no ano passado, pelo Instituto Sangari e o Ministério da Justiça, revela que, das três causas de mortalidade violenta, os suicídios foram os que mais cresceram na década de 1998-2008: 17% tanto para a população total quanto para a jovem (com idade entre 15 e 24 anos). As outras duas causas de morte violenta são os homicídios e os acidentes de transporte.
    
Segundo o estudo, "o nível de suicídios do Brasil, em termos internacionais, pode ser considerado relativamente baixo." Com taxa de total de 4,9 suicídios em 100 mil habitantes, o país ocupa a 73ª posição entre os 100 países pesquisados. Mas na faixa de idade entre 15 e 24 anos a taxa é de 5,1 suicídios para cada 100 mil jovens. Essa taxa faz o Brasil subir para a 60ª posição, uma situação intermediária.

Índios. Sobre a população indígena não jovem e jovem, o Mapa da Violência/2011 faz este relato mais detalhado. "Estimativas realizadas a partir de dados de população da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do número de suicídios indígenas registrados pela SIM/MS, a taxa nacional de suicídios indígenas seria de 20 para cada 100 mil índios (quatro vezes a média nacional)", afirma o relatório.

"Se essa é a média nacional, a população indígena encontra-se distribuída de forma muito desigual no território. Tomando só os dois estados que registram 81% dos suicídios indígenas - Mato Grosso do Sul e Amazonas -, teríamos, pelos dados de população indígena da Funai, que o Amazonas apresenta uma taxa de 32,2 suicídios para cada 100 mil indígenas (seis vezes a média nacional) e Mato Grosso do Sul, de 166 suicídios por cada 100 mil indígenas (mais de 34 vezes a média nacional). Essas estimativas se referem à população total.".

E conclui: "Tomando especificamente a população indígena jovem, teríamos para o Amazonas uma taxa de 101 suicidas para 100 mil jovens e de 446 para Mato Grosso do Sul, índices que não têm comparação nem no contexto internacional, entre os países com taxas de suicídio consideradas trágicas. Não resta dúvida de que, neste campo, deveríamos ter condições de formular, de forma rápida e emergencial, políticas e estratégias em condições de enfrentar esse flagelo".

Veja anexo, o documentário “Suicídio no Brasil” http://vimeo.com/36487179  produzido em conjunto pela FioCruz e a VideoSaúde.

Alexandra explicou que os recentes estudos revelam que apesar dos países escandinavos continuarem tendo altas taxas de suicídios, o fenômeno se estende na Europa do Leste e, particularmente, na Ásia, "em grandes países como China e Índia, com uma grande população e com imensos problemas ligados ao desenvolvimento e à globalização".
 
Consultada sobre o aumento de suicídios relacionados à crise econômica que afeta alguns países da Europa, Alexandra afirmou que, na maioria dos casos, as pessoas que os cometeram eram previamente "vulneráveis", e a pressão só exacerbou a situação.

Perante isto, a OMS recomenda atuações multidisciplinares, como a formação do pessoal de educação e saúde, a restrição do acesso aos métodos (pistolas, pesticidas, remédios), "cuidar" da apresentação pública dos casos (evitar publicá-los na imprensa), entre outros.
 
A especialista alertou sobre o perigo que representa a falta de consciência sobre a importância do problema e o fato de que seja um tema tabu em muitas sociedades.

Fonte: Marta Hurtado (EFE)

domingo, 2 de setembro de 2012

Instituto Butantã prepara testes de vacina contra dengue


O Instituto Butantã espera iniciar em um mês em São Paulo os testes em voluntários para o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra o vírus da dengue. A expectativa é de que até 2015 o medicamento seja colocado à venda no País.

O médico imunologista Jorge Kalil, um dos responsáveis pela vacina, diz que o início dos primeiros testes com seres humanos depende apenas da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

Esta é a segunda fase da pesquisa, que teve início a partir de um produto desenvolvido desde 2005 em laboratórios norte-americanos. “Pretendemos iniciar em 30 dias essa nova etapa, que deve se prolongar pelos seis meses seguintes”, afirma Kalil.

Ele explica que a terceira fase será aleatória, com testes cegos em pessoas expostas a áreas com altos índices de casos de dengue, em experimentações que vão durar outros seis meses. “Depois disso, se tudo ocorrer como o planejado, enviaremos um dossiê para os órgãos de saúde para posterior aprovação”, afirma Kalil.

No País, porém, há outra vacina sendo testada. O laboratório francês Sanofi Pasteur atua em cinco capitais brasileiras (Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Natal e Vitória) para verificar os efeitos, que até o momento têm sido parciais - o medicamento mostrou capacidade para proteger contra três das quatro cepas virais causadoras da doença. Caso seja aprovada, a vacina do laboratório francês poderá ser colocada no mercado em 2014. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo