quarta-feira, 21 de março de 2012

SAÚDE DA MULHER - Ministério da Saúde alerta para cuidados de prevenção do câncer

Dois tipos da doença que mais atingem as mulheres – de mama e colo de útero – são menos letais e podem ser tratados, desde que descobertos precocemente. Saiba o que deve ser feito em cada faixa etária para afastar os riscos de morte da vida das mulheres.
Depois do câncer de pele, tipo da doença que mais atinge os brasileiros, o câncer de mama e de colo de útero são os de maior incidência entre as mulheres. O de mama é o que mais mata as mulheres: foram mais de 12 mil mortes em 2009. Para 2012, estima-se o surgimento de mais de 52 mil novos casos da doença. Na semana que marcou o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o Ministério da Saúde fez um alerta para a necessidade de cuidados e hábitos saudáveis, além do diagnóstico precoce que aumenta as chances de cura.

A assessora do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Maria Inez Gadelha, explica que, apesar de adoecerem mais do que os homens em decorrência do câncer, as mulheres tem mais chances de sobreviver à doença.  Isso porque os dois tipos de câncer que mais atingem as mulheres – de mama e de colo de útero – são menos letais do que os outros.“Além disso, a mulher se cuida mais, leva a sua saúde mais a sério e isso facilita a descoberta dos casos quando eles ainda podem ser combatidos”, afirma.
Apesar de não ser possível se prevenir o câncer de mama – a não ser com a única forma de evitar qualquer doença que é adotando um estilo de vida saudável – ele pode ser detectado através da mamografia.

PREVENÇÃO - Os programas de rastreamento para detecção precoce do câncer de mama que seguem os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o exame seja feito, a partir dos 50 até os 69 anos de idade, uma vez a cada dois anos. “Nessa faixa etária, com a chegada da menopausa, ocorre uma mudança no tecido da mama e os casos costumam surgir com mais freqüência”, explica Inez Gadelha.
 
Para mulheres mais jovens, a melhor forma de detectar a doença  é com a realização do exame clínico de mama, com investigação profunda de qualquer sintoma suspeito. Se a mulher apresentar histórico de câncer de mama na família, como mãe ou irmã que já sofreram da doença, atenção deve ser ainda maior. “Nesses casos, a avaliação é individual e deve ser feita pelo ginecologista ou mastologista. É ele que vai indicar, dependendo da gravidade do caso, a peridiodicidade de consultas e de exames”, afirma.

Em relação ao câncer de colo de útero, a estimativa é de 17 mil novos casos somente para este ano. A assessora do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde ressalta, no entanto que, esse tipo da doença é ainda mais fácil de ser evitado com a realização do preventivo o chamado exame de Papanicolau. O exame deve ser feito aos 25 anos e repetido no ano seguinte. Caso os dois exames apresentem resultado satisfatório, a mulher pode passar a realizá-lo uma vez a cada 3 anos.

Nos casos em que o útero apresentar algum tipo de lesão, ela pode ser removida facilmente antes de se tornar um câncer. “Nós não precisamos morrer de câncer de colo de útero, não precisamos nem adoecer. Quero conclamar as mulheres no nosso dia para que não percamos as oportunidades que temos de preservar a nossa saúde, de prevenir aquilo que pode ser prevenido e de detectar precocemente aquilo que se pode ser detectado.”

Inez Gadelha lembra que, além dos exames periódicos, adotar um estilo de vida saudável, com boa alimentação e sem sedentarismo, longe do cigarro e das bebidas alcoólicas é muito mais do que um ato de prevenção, é uma opção de vida que se faz para tentar escapar do câncer e de outras doenças.

AÇÕES - Em março de 2011, o governo federal lançou o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama. O programa prevê ações de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e do câncer de colo de útero, que receberão investimentos de R$ 4,5 bilhões até 2014.

No ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou em 22% os recursos para assistência oncológica no país. O Ministério da Saúde fechou o ano com investimento de R$ 2,2 bilhões no setor – em 2010, o valor foi de R$ 1,8 bilhão. Esse aumento de investimento serviu para ampliar e qualificar a assistência aos pacientes em hospitais públicos e privados que compõem o SUS, especialmente para os tipos de câncer mais freqüentes, como fígado, mama, linfoma e leucemia aguda.

Para 2014, o Programa Nacional de Controle do Câncer de Colo do Útero: prevê mais de 75% das mulheres de 25 a 59 anos realizando exames de rastreamento,  além de iniciar o tratamento de mulheres com diagnóstico de lesões em até 90 dias.

O Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama prevê ampliar a cobertura de mamografia em mulheres de 50 a 69 anos, aumentar o percentual de mamografia de qualidade e aumentar a proporção de mulheres com diagnóstico de câncer que iniciam tratamento em até 60 dias – reduzindo a mortalidade.  

 Da Agência Saúde, ASCOM/MS

sexta-feira, 16 de março de 2012

Planos de saúde não podem fixar limite com despesa hospitalar, decide STJ

 

Os planos de saúde não podem estabelecer limite máximo de gastos com internações em hospitais nem prazo máximo de permanência do segurado, segundo definiu o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os ministros da Quarta Turma do STJ entenderam, por unanimidade, que esse tipo de cláusula é abusiva. A decisão não vincula as demais instâncias da Justiça, mas abre precedente para situações semelhantes.

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A decisão é de uma semana atrás, mas foi divulgada apenas no dia 22/02 pelo STJ. Os ministros analisavam o recurso da família de uma mulher que ficou dois meses internada na UTI (unidade de terapia intensiva) devido a um câncer de útero. No décimo quinto dia de internação, a seguradora queria suspender o pagamento alegando que havia sido atingido o limite do contrato de R$ 6.500. Uma liminar garantiu que a empresa continuasse arcando com os gastos até que a mulher morreu.

A cláusula que colocava limite de gasto foi mantida pelo juiz de primeiro grau e pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que entenderam que o contrato era claro ao estabelecer a restrição e que a adesão foi uma opção da segurada. No entanto, os ministros do STJ reverteram a decisão alegando, principalmente, que o valor da cobertura é muito reduzido.

Para o relator, ministro Raul Araújo, a saúde humana não pode ficar sujeita a limites como acontece em um seguro de carro. Ele também lembrou que a legislação da época vedava a limitação desses tipos de prazos. Os ministros também decidiram fixar o valor de R$ 20 mil de dano moral devido à aflição que o episódio causou na paciente e em sua família.

Por Agência Brasil | Yahoo! Notícias – em  22 de fev de 2012

sábado, 10 de março de 2012

Guias dão dicas de saúde para quem viaja de navio

Na temporada passada de cruzeiros, 792 pessoas adoeceram a bordo. Este ano, em 20 dias, passageiros de dois navios de passagem por Santos (SP) tiveram problemas de saúde. No caso mais grave, uma tripulante morreu no MSC Armonia, com vírus Influenza B. Para auxiliar marinheiros de primeira viagem, o Centro Brasileiro de Medicina do Viajante publicou o Guia de Saúde - Viagens de Navio, com dicas sobre prevenção e como agir, se estiver embarcado.

De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dos passageiros que adoeceram na temporada 2010/2011, 39% foram contaminados com vírus Influenza (da gripe), e 38% tiveram diarreia. A terceira doença mais comum foi a catapora, com 19 casos. "O navio é um ambiente de aglomeração, que facilita a transmissão de vírus, e merece cuidado especial. É importante que o passageiro saiba prevenir danos à saúde", afirma a médica Isabella Ballalai, coordenadora médica do guia e coautora, ao lado da médica Flávia Bravo.

Entre as dicas estão a de se consultar com médico que tenha conhecimentos em medicina do viajante - esse profissional poderá orientar o passageiro sobre vacinas e outros cuidados, incluir na bagagem medicamentos de uso pessoal, providenciar um seguro de viagem e tirar dúvidas com o agente de viagem.

"É preciso esclarecer se haverá transporte para o hospital se o paciente adoecer, se é preciso fazer um seguro de saúde. Se a consulta custa caro a bordo, é preciso que isso faça parte do orçamento da viagem", afirma Isabella. O guia informa ainda que sintomas como febre, diarreia, vômito, tosse têm de ser notificados no serviço médico do navio, "É preciso apelar ainda à responsabilidade de cada um: se estiver doente, não viaje. Há muitos casos de surtos que começam com pessoas que, sabidamente doentes, decidiram embarcar".

O guia está disponível para download gratuito no site www.cbmevi.com.br. A Anvisa também elaborou dicas de saúde para viagem, que estão disponíveis no site da agência: www.anvisa.gov.br.

Fonte:  Por Clarissa Thomé | Agência Estado – qui, 8 de mar de 2012