domingo, 18 de novembro de 2012

Exercício físico é melhor do que atividade intelectual para preservar a memória


Estudo sugere que treinar é fundamental para proteger o cérebro de idosos

Uma pesquisa publicada na versão online da revista Neurology aponta que praticar exercícios físicos pode ser mais relevante do que realizar atividades intelectuais quando o assunto é preservar a memória de idosos. Para chegar à conclusão, especialistas da University of Edinburgh, na Grã-bretanha, acompanharam quase 700 voluntários de 70 anos.
Pesquisas anteriores provaram que o segredo da longevidade é estar sempre ativo, tanto intelectual quanto fisicamente. Entretanto, para avaliar qual dos dois retardava mais a redução dos volumes das massas cinzenta e branca do cérebro, ligadas à memória e à cognição, foram realizadas entrevistas e exames em 691 idosos durante três anos. Os dados recolhidos eram sobre os níveis de atividade física, hobbies, entre outros hábitos.
Os resultados mostraram que as pessoas que praticavam mais atividade física foram os que apresentaram maior volume das massas cinzenta e branca no cérebro. Além disso, esses idosos também estavam mais protegidos contra lesões no órgão. Mais estudos são necessários para quantificar a diferença entre os fisicamente ativos e os intelectualmente ativos.
Com o tempo, é normal que as massas cinzenta e branca diminuam, como efeito natural do envelhecimento. Ainda assim, é possível preservar as habilidades ligadas a essas regiões com bons hábitos, como cultivar uma dieta equilibrada.

Alimentos amigos da memória

Priorizar determinados alimentos no prato é uma das estratégias recomendadas para quem quer preservar a memória. Conheça a seguir algumas opções amigas do seu cérebro:

Glicose
A glicose é o principal combustível para o funcionamento dos neurônios cerebrais. Sua deficiência pode comprometer o raciocínio e a concentração. Por isso, não fique longos períodos sem comer e consuma muitas opções integrais, legumes e frutas.
Zinco
O zinco protege os neurônios dos radicais livres, atuando na atividade neuronal, na memória e na concentração. Ele pode ser encontrado em carnes vermelhas, ovos e laticínios.
Selênio
O selênio auxilia substâncias, como a serotonina e a dopamina, na transmissão de mensagens entre os neurônios e o bom funcionamento cerebral. Consuma o nutriente ingerindo grãos, alho e nozes.
Ferro
Esse mineral é essencial no transporte de oxigênio para os tecidos. Com baixa oxigenação, sentimos fadiga, temos perda de memória e apresentamos dificuldade de nos concentrar. Grãos integrais, ervilha e lentinha são algumas de suas fontes.

Memória em dia: alimentos que estimulam o cérebro

Eles melhoram a concentração e ajudam a aumentar seu rendimento nos estudos.

A fisetina é uma substância que se encontra no morango, pêssego, uva, kiwi, tomate, maçã e também na cebola e espinafre. Segundo o Instituto Salk, na Califórnia (EUA), essa substância vem sendo considerada fundamental para manter a memória jovem, porque sua função é estimular a formação de novas conexões entre os neurônios (ramificações) e fortalecê-las. Os alimentos deste grupo contêm substâncias que facilitam a comunicação entre os neurônios, aumentando também a capacidade de pensar, se concentrar, aprender e memorizar. Confira abaixo alguns nutrientes e minerais amigos do cérebro:

- Zinco, Selênio, Ferro e Fósforo: Sais minerais que participam de inúmeras trocas elétricas e mantêm o cérebro acordado e ativo (elétrico). Presente em todas as sementes e grãos, em raízes e nas folhas verde escuro, iogurtes.

- Vitamina E: Poderosa ação antioxidante. Presente em todas as sementes e grãos, como também em óleos vegetais prensados a frio.

- Vitamina C: Famosa ação antioxidante. Presente nas sementes frescas e cruas que foram pré-geminadas, assim como na maioria das frutas
- Vitaminas do complexo B: Regulam a transmissão de informações (as sinapses) entre os neurônios, presente nas sementes e nas fibras dos alimentos integrais e proteínas.

- Bioflavonoides: São polifenois com forte ação antioxidante. Além das sementes, são encontrados também no limão, frutas cítricas, uva e nas folhas verde escuro.

- Colina: Participa da construção da membrana de novas células cerebrais e na reparação daquelas já lesadas. Presente na gema do ovo e em todas as sementes e grãos (predominância na soja), como também em óleos vegetais prensados a frio.

- Acetil-colina: Um neurotransmissor, fundamental para as funções de memorização no hipocampo. Presente na gema do ovo e em todas as sementes e grãos (predominância na soja), como também em óleos vegetais prensados a frio.

- Fitosterois: Estimulante poderoso do sistema de defesa do organismo, reduzindo proliferação de células tumorais, infecções e inflamações. Presente em todas as sementes e grãos, como também em óleos vegetais prensados a frio.

- Fosfolipídeos (entre eles a Lecitina): Funcionam como um detergente, desengordurando todos os sites por onde passa. Além disso, participam na recuperação das estruturas do sistema nervoso e da memória. Presente em todas as sementes e grãos (predominância na soja), como também em óleos vegetais prensados a frio. 

- Ômega-3: Funciona como um antiinflamatório poderoso, evitando a morte dos neurônios. Existem somente três fontes: os peixes de águas frias e profundas e as sementes de linhaça e prímula.

- Carboidratos: A glicose é a energia exclusiva do cérebro. Por isso, ficar muito tempo sem comer carboidratos diminui a atividade mental. Carboidratos complexos (pão, batata, grãos) são absorvidos mais lentamente, fornecendo energia de forma regular. Já o açúcar dos doces é absorvido tão rapidamente que é armazenado como gordura, sem fornecer energia de modo constante.

- Cafeína: É um potente estimulante do sistema nervoso central. Tem efeitos positivos, como aumento da disposição física e diminuição do sono. Em excesso, causa danos à memória. Café e chá verde.

- Triptofano: Aminoácido que atua no sono e na performance cerebral. Pode ser encontrado no leite, queijo branco, nas carnes magras e nozes.

Fonte: Marcelo Faria

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