quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Quase 70% dos lares têm acesso a saneamento, água e coleta de lixo no Brasil

Quase 70% (69,4%) dos lares brasileiros tinham acesso a saneamento, água e coleta de lixo em 2011. O cenário é um avanço frente a 2001, quando a taxa era de 61,7%, mas ainda "é um quadro insuficiente", segundo a Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE.
Entre os domicílios do país, 30,6% não tinham acesso ao saneamento adequado, ou 16 milhões de lares. Segundo o pesquisador do Ipea Rafael Osório, o saneamento é a grande âncora para melhoria das condições sanitárias dos domicílios.
A pior situação se encontra na região Norte, onde apenas 21,6% dos lares tinham serviço de saneamento em 2011. No Sudeste, essa taxa era de 89,3% no ano passado.
As crianças e os adolescentes são vítimas dessas más condições dos lares brasileiros. Ao todo, 4,8 milhões (10,7%) de crianças de 0 a 14 anos moravam em domicílios sem saneamento, água encanada e coleta de lixo. A desigualdade regional persiste: no Nordeste, esse percentual é de 17,2%, enquanto no Sudeste era de 3,7%.
Perto da metade (48,5%) das crianças com até 14 anos de idade (21,9 milhões) residiam, em 2011, em domicílios em que pelo menos um serviço de saneamento básico não era adequado (ou não havia abastecimento de água por meio de rede geral, ou o esgotamento sanitário não se dava via rede geral ou fossa séptica ligada à rede coletora, ou o lixo não era coletado).
Computador e internet são principais carências nos lares
Já pela posse de bens, somente 31% têm acesso a luz elétrica, computador, internet, dvd, tv e máquina de lavar. E a principal carência é o computador ou internet: 84,9% dos lares sem pelo menos um desses equipamentos, a carência era exatamente computador ou internet.
A situação de acesso é mais restrita nos nove milhões de domicílios com rendimento domiciliar per capita até meio salário mínimo. Nesse grupo, apenas 9,7% têm acesso simultâneo a luz elétrica, computador, internet, dvd, tv e máquina de lavar. Dos que não têm acesso, não há computador ou internet em 92,2% dos lares.
E as diferenças regionais continuam a persistir. Piauí é o que tem menos acesso a esses bens, somente 8,1% dos lares. São Paulo é o estado com melhor taxa de acesso, de 44,1%, que sobe para 49,6% se considerarmos apenas a região metropolitana do estado. O Rio de Janeiro é o segundo estado com maior acesso (37,6%), muito próximo do Rio Grande do Sul (37,4%).

Fonte: Cássia Almeida (cassia@oglobo.com.br) | Agência O Globo 

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