quinta-feira, 31 de maio de 2012

Reunião Bienal da Rede Carmen discute doenças crônicas não transmissíveis


O Ministério da Saúde participou, entre os dias 7 e 8 de maio, da Reunião Bienal da Rede Carmen (Conjunto de Acciones para la Redución Multifatorial de Enfermidades No Transmissibles), que contou com a presença de gestores de saúde de 36 países das Américas.

O encontro, realizado em Brasília, discutiu e estimulou o desenvolvimento de programas e estratégias nacionais e regionais para prevenção das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e seus fatores de risco entre os países envolvidos. O Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, representou o Brasil.

A Rede Carmen foi criada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 1995. Desde 2006, os encontros ocorrem a cada dois anos. Este ano, o Brasil foi escolhido para sediar o evento principalmente por ser referência no combate às doenças crônicas a partir do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, lançado no ano passado pelo Ministério da Saúde.

Além dos gestores dos 36 países, também estiveram presentes representantes da Opas e de parceiros como o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS).

DCNT
– Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas não transmissíveis (câncer, diabetes e doenças do aparelho circulatório e respiratório) são as principais causas de morte no mundo, correspondendo a 63% dos óbitos em 2008. Aproximadamente, 80% das mortes ocorrem em países de baixa e média renda.

No Brasil, em 2010, essas doenças foram responsáveis por 68% das causas de morte. Apesar de o percentual ser alto, os índices vêm reduzindo na última década, principalmente em relação às doenças do aparelho circulatório e respiratórias crônicas.

A redução das DCNT pode ser, em parte, atribuída à expansão da Atenção Básica, melhoria da assistência e redução do tabagismo nas últimas duas décadas, que passou de 34,8% (1989) para 14,8% (2011). O Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas atua também no combate e na redução dos principais fatores de risco: sedentarismo, tabagismo, alimentação inadequada, obesidade e excesso de peso.

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