quinta-feira, 17 de maio de 2012

Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul alerta: A dengue não tem medo do inverno


Segundo dados da SES do Rio Grande do Sul, a média de infestação do mosquito da dengue atinge 4,7% na Capital. A Secretaria da Saúde alerta a população para evitar contaminação.

O mosquito Aedes aegypti  transmissor da dengue, não foge das baixas temperaturas. Ele pode se proliferar de janeiro a dezembro nos jardins, terrenos, ou qualquer espaço que contenha água parada. O alerta é da Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul .

Em Porto Alegre, a média de 4,7% de infestação do mosquito apontada pelo Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) alarmou a Coordenação do Programa de Prevenção a Dengue. A taxa, considerada de alto risco pelo Ministério da Saúde, foi a mais alta desde janeiro de 2007. No começo deste ano, com temperaturas acima dos 30ºC, o mesmo índice apontava 1,8%.

Dados da Ses também mostram que, entre os 67 municípios com infestação do
mosquito, 17 casos importados estão na Região Metropolitana: dois em Canoas, um em Viamão e 14 em Porto Alegre.
- Visitamos diversos bairros e calculamos a média por imóvel. Há regiões mais preocupantes, mas nenhum caso direto da doença foi confirmado na Capital - relata o coordenador do programa, Luiz Felippe Kunz.

No Bairro Petrópolis, a média de lares infectados somou 18%. Luiz Felippe diz que moradores desta zona confirmaram viagens para Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco antes de contrair a doença.No total, são 29 casos contraídos dentro do Estado (autóctones) e outros 50 casos importados.

Entenda a dengue

Importada: os casos importados são os de pessoas que contraíram o vírus fora do seu município, Estado ou país.

Direta: é a contaminação que ocorre quando há focos do mosquito na região onde a pessoa mora.


Contaminação: a única forma de contrair a doença é por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada pelo vírus da dengue. Não há transmissão através do contato direto com pessoas contaminadas.

No Bairro Partenon, Thoni Agustin Hoch, 84 anos, cuida dos mais de 50 vasos de flores que tem no pátio. Há 36 anos na Rua Valado, a aposentada conta que não descuida das folhagens e teme que o mosquito caia no seu quintal até mesmo no inverno.
- Estou sempre de olho para que a água não acumule. Não rego todo o dia e, quando tem chuva, já dou um jeito de escoar - revela.
A preocupação com as plantas na fachada da casa é constante para Hércules Broqá, 74 anos. O aposentado fala da onda de contaminação de anos anteriores e tem conhecimento de pessoas próximas que tiveram a doença.
- Aqui nunca teve foco de dengue. É preciso ficar atento - alerta o morador da Rua 25, no Bairro Bom Jesus.

Evite o mosquito

- Não acumule pneus velhos. Se forem utilizados, devem ser furados ou cobertos para que não acumulem água.
- Feche caixas-d'água, tonéis, barris e latões.
- Mantenha calhas, canos e ralos desentupidos.
- Latas de lixo devem ficar sempre bem fechadas e evite acumular entulhos e restos de obras.
- Mantenha garrafas vazias com o gargalo para baixo.
- Troque diariamente a água do bebedouro de animais domésticos e faça, pelo menos, uma limpeza semanalmente, com escovação.
- Mantenha a água das piscinas tratada. Se não estiver usando, mantenha-a coberta.
- Mantenha os pratos dos vasos de plantas sem água. Escove bem para remover possíveis ovos do mosquito e encha o prato de areia.
- Se for viajar ou se a casa ficar desocupada por alguns dias, deixe a tampa do vaso sanitário fechada.
- Plantas, como bromélias, devem ser regadas somente na raiz e deverão ser feitos furos nas folhas para não acumular água.
- As bromélias acumulam água entre suas folhas. Para evitar a reprodução do mosquito,o ideal é regar com uma mistura de um litro de água e uma colher de água sanitária.
- Caso não consiga resolver a situação, avise imediatamente um agente público de saúde.

Fonte: Zero Hora

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